domingo, setembro 13

sobre esquecer da vida

Há dias que não sei mais viver. Quem me lê sabe o quão minha vida é baseada em ser um ser que anda sem saber. Ando na linha tênue do querer e do ter um milhão de motivos para não estar lá. Descobri que um sopro é capaz de apagar magoas e reacender almas. Julgamento não pode fazer parte do vocabulário do ser humano. Sobreviver é uma questão de angulo, de momento. De dar um close no instante. E ah se pudéssemos congelar!

Momentos singelos proporcionam explosões de sentimentos, que vão do medo à carne, da unha ao calafrio. Um olhar, um palmo, um aroma - se unem para me tirar do sério quando cai a noite, quando estou no ônibus, quando estou na rua - não tem hora. 

Ouvir Pitanga em Pé de Amora e só querer a sorte de estar embaixo de um folheado verde, de pernas cruzadas e entrelaçadas com meu bem. Sonhar, e sonhar muito! Sonhar acordada, dormindo, respirando, vivendo, sendo. Só me falta o amor saltar da navalha que o corta e ser livre, sem dor, somente com o sabor de saber o quão maravilhoso é a brisa das cinco - quase tarde, quase noite. 


Onde a unica coisa que aperta é o abraço da despedida.