segunda-feira, maio 23

sobre detalhes de uma moça.

Adoro receber a alcunha de mocinha. Aceito com os olhos brilhando e coração aberto receber flores, desde as rosas, Rosas, vermelhas, Tulipas, amarelas, multicoloridas, multiestrelares... Gosto de acordar com o pensamento de que ainda existem pessoas românticas caminhando só por aí, querendo achar um coração solitário pra depositar todo o amor que traz no peito. E gosto da ideia de que essa pessoa pode estar do meu lado, às vezes sinto isso - só de ver, só de tocar, de abraçar. Gosto de te ouvir tocar, te ouvir cantar, de ouvir tuas músicas, e quando eu estiver só, fazer você entrar nelas e no meu pensamento. Acho uma delícia contar essa história do meu ponto de vista, e gosto mais ainda de estar dentro dela, mesmo que seja assim, esporadicamente.

sobre pessoas.

Ando com um lenga-lenga tão grande com relação às pessoas e não consigo evitar. Pode notar, eu não emplaco assuntos novos, eu faço comentários cômodos ao que se está falando, mas no fundo, bem no fundo, eu quero ficar quieta, de preferência sozinha, de preferência fazendo nada. É que essa inercia das pessoas está se tornando um agravante na minha dissertação (ou a falta dela). Chego a pensar que não sei mais prosar com seu ninguém, veja só!

Acho que isso vai passar, acho que tem a ver com cansaço, não o físico, mas principalmente o mental. O único sinal que meu corpo lança pra me avisar que tá sentindo novamente as viagens semanais é minhas costas doloridas. Acho que eu tenho encurtamento muscular porque eu sou sedentária há anos. Eu não faço alongamento, não caminho, não faço dança de salão, não vou à academia. Daí eu digo que não tenho tempo para a academia, mesmo sabendo que eu não funciono mentalmente de manhã cedo e tô aqui postando no blog e gastando minutos na internet. A gente foge.

Se eu pudesse dar um conselhozinho agora, diria pra não fazer nenhum tipo de cobrança; a menor que seja, me desperta um enfurecimento de vários sentimentos no qual, não quero lidar, tampouco quero se alguém lide. Nunca gostei de cobranças dos outros e isso deve ter a ver com o fato de que é mania minha me cobrar o tempo todo (mesmo que seja assim - bem enrustidamente) e saber exatamente o que quanto eu devo para todo mundo. Então, acredite em mim, por mais insatisfeito que você esteja comigo, eu estou mais.

quarta-feira, maio 18

sobre umas aspas.

Para uma menina com uma flor...

" Porque você é uma menina com uma flor e tem uma voz que não sai, eu lhe prometo amor eterno, salvo se você bater pino, o que, aliás, você não vai nunca porque você acorda tarde, tem um ar recuado e gosta de brigadeiro: quero dizer, o doce feito com leite condensado. " [...]

- Vinícius de Moraes

quarta-feira, maio 4

sobre tragédias

Às vezes acontecem alguns momentos na minha vida que digo que são identicos a uma novela do Manoel Carlos. Mas as novelas do 'Maneco' (odeio quem fala Maneco) são muito previsíveis, tornando-as chatas. Todo mundo tem money (sem trabalhar) e comem saladas em restaurantes que não mudam. Tragédias tipo tumores e gente paralitica têm também. E quanto à minha vida, bem, eu não posso estar reclamando, como disse à moça dos cabelos na nuca d'um evento no ônibus - está tudo bem, não tem como ficar melhor.

Definitivamente, tragédias não ocorrem na minha vida. Mas as coincidências sim. Dessas de encontrar pessoas (des)conhecidas num boteco por aí ou, até mesmo num congestionamento na Av. Epitácio Pessoa como há todas as noites. Dessas que fazem surgir na hora de um incidente uma pessoa que gosta de mim e que se importa comigo, como num passe de mágica. Dessas que fazem meu dinheiro perdido surgirem (nem que seja pela metade). E algumas dessas coincidências poderiam ser contadas numa comédia romântica (se bem que as últimas foram mais para Ele simplesmente não está a fim de você).