quarta-feira, novembro 4

sobre a coragem.

"O maior ato de coragem é a coragem de amar. O amor é o grande agente de transformação, em todos os sentidos. Se a gente se transforma em alguma medida na infância é por amor pelos pais, se a gente se transforma numa terapia é por amor de transferência pelo terapeuta, se a gente se transforma numa amizade é pelo amor pelo amigo. O amor é o grande motor das transformações. O que não significa, e isso precisa ser dito em letras garrafais, que a gente possa entrar numa relação amorosa imaginando que possa transformar o outro, porque isso é uma merda garantida".

Se amar é ter coragem, então sou bem corajosa. Muito mesmo. Na realidade, eu não passo de uma dessas pessoas muito antiquadas que acreditam numa visão de amor que segundo uns e outros não existe mais. Que seja. Mas se amar é ter coragem, então amo enormemente. O bastante para ter coragem de fazer escolhas que muita gente não faria, o bastante para ser sincera, o bastante para transformar em mim o que for necessário. O bastante para aceitar alguém apesar de tudo (porque realmente, Contardo, é preciso dizer em letras garrafais, que tentar mudar o outro, sempre dá merda). O amor já me transformou e sei bem que o amor que sentiram por mim também já foi transformador. Por essas e outras que eu continuo acreditando.

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