domingo, fevereiro 21

sobre deixar ir.

Quem me conhece sabe, sou um pouquinho cabeça dura, resistente a mudanças, teimosa. Gosto de extrair das coisas até a última gota de possibilidade. Não acho que isso seja sempre bom, pelo contrário, percebo que em muitas situações, o mais acertado seria deixar ir, da mesma forma como deixo pra lá as coisas que não uso mais. É tão fácil me livrar das coisas, é simples, se não uso, não toco, não preciso por pelo menos um ano, não é mais meu.

Mas com meus sentimentos, com as "minhas" pessoas não sou assim. Ainda bem, porque volubilidade com sentimentos me incomoda. Em relação aos meus objetivos, também persisto, tento até não dar mais mesmo, tento até sofrer, e por isso sofro mais. Odeio olhar pra trás e pensar que não dei tudo de mim. Coisa de gente obsessiva isso de ter que ficar reparando, de ter que ficar conferindo se fez tudo certo.

E aí, eu fico com aquela sensação de quem tem um cachorro que precisa ser sacrificado. Você sabe que ele vai sofrer se continuar vivo, mas você ama tanto ele vivo ao seu lado que resiste. Só que é preciso alguém que ame mais a ideia do cachorro sem sofrimento. É bom compreender que o melhor é ter a ideia dele vivo e bem. Essa ideia não morre nunca. E muito tempo depois, você é capaz de falar dele com amor. Sem culpas, sem reparações, sem arrependimentos. É, tenho que confessar que é sempre tão dificil... =~

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