quinta-feira, janeiro 30

sobre o pre destino

Pimenta. Trevo. Ferradura. Fechadura. Sal. Açúcar. Vai te benzer, menina! Palavras polidas e corriqueiras. Correm, atravessam a rua, acenam. Eu fujo. Voltam, me chamam e eu danço. Como quem nunca deu um passo dessa melodia. Mas ela envolve, poe laço nos olhos. E eu danço, tropeço, caio e por fim, levanto. Como sempre foi - será. Enquanto isso eu canto, lamento, brinco com as palavras. Elas sempre decifram o que se passa - ou quase sempre. As vezes não saem de mim, vem do cotidiano e das fotografias. Calo-me e observo. E eu não me atrevo a colocar as mãos no pote de açúcar. Não incomodo formigas. Na verdade, não incomodo ninguém.


Eu não volto atrás. E não sigo adiante.

Um comentário:

  1. As palavras nos libertam e nos amordaçam. É paradoxal o poder que elas têm. Gostei das suas...
    Acompanharei seu blog.

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