sexta-feira, maio 7

Sobre (des)encontros

O que une as pessoas é um fio bem fininho e muito delicadinho que não tem nada, mas nada a ver com o lugar que a gente vive, muito menos com os pontos de vista. O que manda nos encontros e nos desencontros é a vontade. Que exige que duas pessoas segurem a ponta do fio com a intensidade certa, ou ele vai se arrebentar, o que acaba estragando tudo, ou ele vai se soltar.

Acho que quando o fio se solta, é doloroso pra quem ficou de mãos firmes no tal fio, vendo a banda passar, e chega a tristeza, a gente segue vivendo, estudando, trabalhando, tomando cervejinha em qualquer lugar, antes de dormir, deseja que aquela pessoa, resolva pegar a ponta outra vez. Que ela ligue ou mande um e-mail, que apareça na sua casa para conversar sobre os encontros e desencontros de tudo no mundo.

E todo mundo é responsavel por um dia, ter largado a ponta do fio. É só pensar na falta de ânimo que muitas vezes sentiu na hora de sair de casa e encontrar aquela pessoa. Na energia que se gasta para continuar deixando ela fazer parte da sua vida, mesmo que a rotina sufoque.

Uma coisa que eu sei é que os encontros ainda me provam, é que o fio do encontro, por mais delicado que seja, é flexível e pode caminhar quilômetros e mais quilômetros. Só torço pra que quando me arrebentarem o fio, seja porque não dá mais mesmo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário